Segundo
dados da Stiftung Bevölkerung, fundação alemã para assuntos demográficos, a
cada segundo o mundo ganha 2,6 pessoas. Por minuto são 258 novos habitantes e,
por dia, 228.155. Avançando um pouco na matemática, o planeta recebe por ano 83
milhões de pessoas – um pouco mais que o total de habitantes de toda a
Alemanha.
Sendo
assim, cada indivíduo conta, quando se trata de preservação do meio ambiente.
Para lembrar a importância de cada habitante na luta por boas condições de vida
na Terra, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) criou o Dia
Mundial da População. A data existe desde 1989, e o 11 de julho foi escolhido
por ter sido um marco: segundo estatísticas da ONU, a população global alcançou
exatamente neste dia, no ano de 1987, a marca de 5 bilhões.
A ONU
prevê que o número de habitantes no mundo deva chegar a 7 bilhões no próximo
ano, e a 9 bilhões até 2050, caso as condições atuais se mantenham até lá. Se
atualmente todos tivessem o mesmo estilo de vida das classes médias dos países
ricos e industriais, a pressão sobre os recursos do planeta azul cresceria
absurdamente. Seria preciso mais do que uma Terra para atender à humanidade.
Os danos planetários em relação à degradação do meio ambiente,
geralmente são atribuídos como conseqüência do moderno estilo de vida humana
que se iniciou na Revolução Industrial (FRANCO & DRUCK, 1998). Entretanto,
os danos ambientais não começaram na modernidade, nem mesmo na era medieval. A
insistente destruição da natureza pelo homem teve seu início já na pré-história
(Fernandez, 2005). Além disso, pesquisas indicam que populações asiáticas
também tiveram participação na extinção de grandes mamíferos no Alasca, há
aproximadamente 12 mil anos (Foladori & TAKS, 2004). Além das extinções
provocadas de região em região por onde os nômades passavam, o desenvolvimento
de uma técnica promissora (há 10 mil anos) e de fácil compreensão por todos os
membros da comunidade - a agricultura -
permitiu a conversão do estilo de vida nômade para o estilo sedentário. Com
isso, outros
tipos de impactos ambientais se estabeleceram: a concentração de exploração e o
acúmulo de lixo (Krüger, 2001). O desenvolvimento industrial, que elevou os
níveis de CO2 atmosférico (principal gás relacionado
ao aquecimento global), e o avanço tecnológico resultaram num estilo de vida
cuja base é a exploração dos bens naturais, causando a degradação do meio
ambiente. Um dos resultados desse relativo descaso com a questão ambiental é a
ausência de estatísticas sobre emissões de poluentes, o que dificulta uma
análise mais sistemática do desempenho ambiental da indústria (Young &
Lustosa, 2001).
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