domingo, 4 de janeiro de 2015

Responsabilidade individual para preservação

Segundo dados da Stiftung Bevölkerung, fundação alemã para assuntos demográficos, a cada segundo o mundo ganha 2,6 pessoas. Por minuto são 258 novos habitantes e, por dia, 228.155. Avançando um pouco na matemática, o planeta recebe por ano 83 milhões de pessoas – um pouco mais que o total de habitantes de toda a Alemanha.
Sendo assim, cada indivíduo conta, quando se trata de preservação do meio ambiente. Para lembrar a importância de cada habitante na luta por boas condições de vida na Terra, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) criou o Dia Mundial da População. A data existe desde 1989, e o 11 de julho foi escolhido por ter sido um marco: segundo estatísticas da ONU, a população global alcançou exatamente neste dia, no ano de 1987, a marca de 5 bilhões.
A ONU prevê que o número de habitantes no mundo deva chegar a 7 bilhões no próximo ano, e a 9 bilhões até 2050, caso as condições atuais se mantenham até lá. Se atualmente todos tivessem o mesmo estilo de vida das classes médias dos países ricos e industriais, a pressão sobre os recursos do planeta azul cresceria absurdamente. Seria preciso mais do que uma Terra para atender à humanidade.
Os danos planetários em relação à degradação do meio ambiente, geralmente são atribuídos como conseqüência do moderno estilo de vida humana que se iniciou na Revolução Industrial (FRANCO & DRUCK, 1998). Entretanto, os danos ambientais não começaram na modernidade, nem mesmo na era medieval. A insistente destruição da natureza pelo homem teve seu início já na pré-história (Fernandez, 2005). Além disso, pesquisas indicam que populações asiáticas também tiveram participação na extinção de grandes mamíferos no Alasca, há aproximadamente 12 mil anos (Foladori & TAKS, 2004). Além das extinções provocadas de região em região por onde os nômades passavam, o desenvolvimento de uma técnica promissora (há 10 mil anos) e de fácil compreensão por todos os membros da comunidade - a agricultura - permitiu a conversão do estilo de vida nômade para o estilo sedentário. Com isso, outros tipos de impactos ambientais se estabeleceram: a concentração de exploração e o acúmulo de lixo (Krüger, 2001). O desenvolvimento industrial, que elevou os níveis de CO2 atmosférico (principal gás relacionado ao aquecimento global), e o avanço tecnológico resultaram num estilo de vida cuja base é a exploração dos bens naturais, causando a degradação do meio ambiente. Um dos resultados desse relativo descaso com a questão ambiental é a ausência de estatísticas sobre emissões de poluentes, o que dificulta uma análise mais sistemática do desempenho ambiental da indústria (Young & Lustosa, 2001).

No tocante à perda da biodiversidade, no que diz respeito à sua relação com a ação humana, podem-se estabelecer relações diretas e indiretas. A caça, por exemplo, seria uma influência direta onde determinadas espécies são afetadas devido à sua importância econômica ou cultural, podendo tornar-se extintas ao longo do tempo. As relações indiretas, por sua vez, seriam provocadas justamente por atitudes que serão discutidas no presente estudo, ou seja, são efeitos de ações pontuais causadoras de destruição e poluição de habitats (Machado et al., 2006).

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